terça-feira, 1 de novembro de 2016

Churrasco na casa do diretor. ATO III – Princípio do fim

Está é uma história real.
Os eventos narrados nesta crônica ocorreram na zona da mata mineira em 2013.
A pedido dos sobreviventes os nomes foram trocados.
Em respeito aos sujos, o resto foi contato exatamente como ocorreu.


Pupinambá ficou esquecido na piscina enquanto as crianças eram socorridas pelos adultos. Fernão que vinha da cozinha com um balde se deparou com área da piscina parecendo a Normandia no dia D, com direito ao corpo de Pupinambá boiando sem consciência próximo a borda da piscina. Fernão se ocupando em ser a melhor pessoa do churrasco coloca a vida do amigo à frente dos cuidados dos próprios filhos. Então em ato de puro altruísmo e falta de higiene entra na piscina e ajuda o amigo a se sentar novamente e lhe dá o balde para caso de nova necessidade que foi praticamente imediato.

Fernão agora do ponto de vista de Pupinambá olha para antes cristalina água da piscina e vê pedaços de carnes boiando. Como engenheiro ele sabe que não é só a vida do amigo que está em jogo, mas também o filtro e a parte hidráulica da piscina, que podem ser permanentemente danificados pela poluição gerada por Putinambá. Foi aí que Fernão inicia o mais audacioso plano de despoluição hídrico brasileiro. Plano esse que o tornaria a maior esperança viva para a despoluição do rio Tiete. Banhado na agua poluída ele se mune de um balde de 5 litros, um balde de praia de alguma pobre criança e um pato de borracha e dá início ao seu mirabolante plano.
Com a ajuda dos baldes e de um ou dois amigos Fernão começa a retirar a poluição suspensa na agua da piscina e jogá-la na pia mais próxima, essa foi a única falha do grande plano. Enquanto isso Pipinambá continuava a passar mal vomitando em intervalos regulares de 5 minutos forçando Fernão a fazer um rodizio com o balde do Pupinambá e também esvaziá-lo na pia. No Quinto ou sexto balde de sedimentos depositados na pia ocorre oque Fernão não esperava a pia entope.
Nesse momento Dr. Garcia vendo o estado de Pupinambá se agravar resolve tratar não mais o ocorrido como um porre social e sim como um quadro de intoxicação aguda por álcool com desidratação. Com medo de ter seu registro médico cassado Dr. Garcia tira Pupinambá da piscina e o leva para um dos banheiros. A partir daqui não sabemos o que aconteceu. Cerca de 20 min depois Dr. Garcia retorna para área social fumando com Pupinambá de banho tomado e dormindo. Dr. Garcia entrega para Manolo um boletim médico assinado por ele dizendo que paciente recebeu uma bolsa de soro com omeprazol, hiosina, ácido acetilsalicílico, diazepam, clordiazepóxido e lorazepam. Dr. Garcia pede que se caso Pupinambá sofra um recaída que seja levado para o pronto socorro mais próximo junto com aquele boletim. Dr. Garcia deixa a festa com sua família instantes depois.
Enquanto Pupinambá recebia “auxílio” médico Fernão lidava com as próprias escolhas. Deparado com a impossibilidade de continuar a retirar os sedimentos da piscina por causa da pia entupida ele resolve desmontar o sifão da pia. Ao começar a desrosquear o sifão as coisas saem de controle, o sifão de solta repentinamente e cerca de 20 litros de água com pedaços de carne e vômitos simplesmente alagam a área social. A anfitriã começa a brigar com Fernão, que nessa altura já está parecendo o monstro do pântano. Fernão então começa a retirar restos de picanha mal mastigados do sifão e mostra-los dizendo:
- O problema não é que Pupinambá não sabe beber, ele não sabe comer. Olha só tudo inteiro. Dá para pôr de volta na churrasqueira...
Continua...
Essa crônica é dedicada ao que representa figuras como Fernão e Dr. Garcia cujo a bravura evita que notícias como a baixo sejam frequentes:


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